Da fundação à atualidade
No ano de 2023, o projeto “Educação Financeira | Uma Necessidade Especial” foi pela primeira vez implementado, em formato presencial e num regime de continuidade, junto de um grupo de participantes, no Município de Paredes.
Ainda em 2023, a Fundação colaborou com a OCDE, trabalhando diretamente com a DG FISMA – Financial Stability, Financial Services and Capital Markets Union, contribuindo para o desenho de um novo Referencial de Educação Financeira para crianças e jovens da União Europeia.
Provando que o conhecimento, em geral, e o conhecimento financeiro, em particular, são para todos, a Fundação inovou e criou o seu quarto programa de literacia financeira.
Educação Financeira: Uma Necessidade Especial é um programa pioneiro em Portugal, dedicando-se à capacitação de pessoas com deficiência e incapacidade que apresentem necessidades adicionais de suporte na aprendizagem.
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Os longos anos de experiência e evolução do programa educativo No Poupar Está o Ganho levou à conceção de um novo projeto dedicado às escolas. Por Tua Conta tornou-se o primeiro projeto português de literacia financeira exclusivamente desenhado para o Ensino Profissional.
Nos seus dois primeiros anos, foi implementado como um projeto-piloto na Área Metropolitana do Porto. Até hoje, continua a contribuir para a valorização do Ensino Profissional, bem como para a autonomia dos estudantes.
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Em pleno contexto pandémico, o trabalho da Fundação adaptou-se, necessariamente, aos meios digitais. Novas formas de ensinar, de contactar com os participantes dos projetos de literacia financeira e ainda novas dinâmicas de eventos marcaram este ano. Foi um ano de notável evolução.
Ainda durante estes anos, surgiu o segundo programa de literacia financeira criado pela Fundação António Cupertino de Miranda. O “Eu e a Minha Reforma” inicialmente concebido a pensar na capacitação financeira e digital das pessoas mais velhas, foi alargado a outras faixas etárias, abrangendo atualmente também adultos em idade ativa.
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A Fundação e o Museu foram alvo de dissertações académicas, quer na área das Novas Tecnologias e educação nos Museus, quer ao nível da eficácia dos programas de literacia. Uma das teses, em 2013, foi particularmente precursora do trabalho da Fundação na medição do impacto social do projeto No Poupar Está o Ganho. O aprofundamento e sofisticação das metodologias de avaliação de impacto surgiu mais tarde, com a Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, num estudo realizado pelo SINCLab e terminado em 2017.
Neste ano, o Museu do Papel Moeda foi considerado um caso de estudo e o seu projeto de educação financeira foi apresentado na 1ª Conferência Internacional de Literacia Financeira promovida pelo Banco de Portugal, em novembro.
A partir de 2010, inicia-se uma outra nova fase. Foram mobilizadas 29 instituições sociais e identificaram um problema comum: a falta de dinheiro e a falta de literacia financeira. E foi este o elo que ligou os problemas da comunidade às coleções do Museu. Foi nesta fase que se percebeu a necessidade de conceber projetos de educação financeira. Assim, o Museu começou a ser um parceiro relevante com o qual a comunidade contava, a rede ficou nitidamente mais alargada e assim nasce o projeto de educação financeira “No Poupar Vai o Ganho”.
Atualmente é um programa com abrangência nacional e impacto social comprovado, abrangendo alunos desde o Pré-escolar ao Ensino Secundário.
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Em 2018 dá-se o foco na territorialização do Museu, com um forte envolvimento com a comunidade local. Esse enraizamento na comunidade, a constatação dos défices de literacia financeira no país, a par da antecipação dos impactos profundos que a crise financeira internacional traria, levou a Fundação a intensificar o seu papel ao nível da educação financeira.
Começa assim em março, um projeto de investigação-ação desenvolvido em escolas vizinhas, com o objetivo de aprofundar relações para perceber como podia dar resposta aos seus problemas, para assim poder estabelecer relações sustentáveis.
Quer o Museu, quer as escolas começavam a sentir que esta era uma nova e diferente aproximação e que a coprogramação seria útil. No entanto, em setembro, só 3 escolas mantiveram disponibilidade para começar um projeto de continuidade.
O Museu mudou então a sua perceção inicial relativamente à captação das escolas para projetos conjuntos e começaram a coprogramar com essas as três escolas.
Aceitaram dois projetos: para a Escola Garcia de Orta, construíram com as professoras um ciclo de conferências de literacia financeira, e com o Agrupamento Vertical Manoel de Oliveira e com a assistente social do Projeto Acreditar, começaram outro trabalho. Este contacto ligou a Fundação a uma outra rede, com parceiros do Projeto Acreditar, o Contrato Local de Desenvolvimento Social e a Associação de Ludotecas.
Trabalharam ainda com uma associação de pais de crianças e jovens com deficiência, a Associação Somos Nós, e assim se foi a rede alargando.
Neste ano os conteúdos do Museu foram adaptados às necessidades especiais de alguns públicos, para cada um dos quais foi contactada uma associação: cegos e amblíopes – ACAPO, surdos – ASP, deficiência mental – APPACDM; sobredotados – ANEIS. No ano seguinte estabeleceu-se uma parceria com a Fundação Portugal Telecom, sob a designação “Museu Sem Barreiras”. No seu âmbito foram fornecidos computadores e softwares específicos para tornar os conteúdos do Museu acessíveis e realizaram-se ações de formação para os técnicos do Museu e da Fundação, que visavam a inclusão de cegos, amblíopes e pessoas com deficiência neuromotora através do uso de novas tecnologias. Neste projeto a participação da ACAPO e da Associação de Paralisia Cerebral do Porto foram determinantes.
Em 2005 o Museu lançou o projeto Famílias nos Museus, pelo qual as famílias faziam um percurso pelo Museu para descobrir o Porto. No ano seguinte concebeu um programa de visitas orientadas para seniores designado “O Mundo maravilhoso do papel moeda”. Neste, o Museu convidava-os a passar uma manhã ou tarde diferente e divertida fazendo o percurso do dinheiro português.
A Fundação festejou o quadragésimo aniversário com a presença do então Presidente da República, Jorge Sampaio, da Ministra da Cultura, Maria João Burstorff, e do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, perante numerosa assistência, bem representativa das elites culturais e intelectuais da cidade.
Aproveitando a ocasião, a Presidente da Fundação, Maria Amélia Cupertino de Miranda, referiu que, quanto ao futuro, as linhas prioritárias da instituição continuavam a colocar a educação e a coesão social no topo da agenda.
Em 2003, juntou-se ao Museu do Papel Moeda um novo núcleo museológico: a exposição permanente “O Dinheiro e os Transportes”. O ponto de partida para esta exposição foi uma importante coleção de 5 000 miniaturas automóveis cedidas à Fundação por Alberto Correia de Almeida, à qual se juntaria mais tarde uma outra coleção, cedida pela família de Arnaldo Rocha Brito. A coleção reúne miniaturas de barcos, comboios, aviões, e automóveis de marcas como a Corgy, Dinky Toys, Marklin, Matchbox, Tekno, Mercury, Politoys, Spot On, Mebetoys, Sólido, Tootsie toys, apresentando verdadeiras preciosidades como a Flyp, 42 Ellegance, Stylish Car, Top Marque e Ma Collection.
Inaugurado a 20 de janeiro pelo Presidente da República Mário Soares, o Museu do Papel Moeda da Fundação António Cupertino de Miranda é detentor de uma valiosa coleção de papel fiduciário, que inclui mais de três dezenas de peças únicas, sendo considerada a mais importante coleção privada desta temática em Portugal. Um museu que transcende as suas fronteiras, servindo de local de visita para vários públicos, mas também, de mote para a intervenção de promoção da educação financeira.
Entre 1992 e 1994 realizou-se então a primeira ampliação, que permitiu a adição de três novas áreas: uma com salas polivalentes para reuniões, palestras e exposições, e o auditório com capacidade para mais de 200 pessoas, inaugurando assim o Centro de Congressos e Exposições da Fundação; outra para o Museu do Papel Moeda, a inaugurar em 1996; e uma terceira para exposições temporárias.
Ao fim de 10 anos de grande trabalho, eis que chegou o dia: 1 de abril de 1991, a data em que a Fundação António Cupertino de Miranda abre portas na Avenida da Boavista.
O local é o mesmo dos dias de hoje. Já a dimensão da Fundação foi aumentando, à medida do seu contínuo crescimento.
Foi neste ano que se começou a imaginar o atual lugar onde está a Fundação António Cupertino de Miranda. Foi adquirido o terreno na Avenida da Boavista, frente ao Parque da Cidade do Porto, com 10.000 m2 disponíveis para fazer crescer a sede da Fundação.
O Arquiteto Francisco Braamcamp de Figueiredo elaborou o projeto do edifício que, com o passar dos anos, se tornou referência na nobre Avenida da Boavista.
Os atuais administradores, nunca encararam o encerramento como definitivo e neste ano assinalaram a reabertura da Fundação António Cupertino de Miranda, recomeçando a sua história.
Iniciou-se a reestruturação financeira que garantiu a recuperação de atividade e o início de um sonho: ter um espaço que permitisse à Fundação implementar atividades culturais e cumprir-se enquanto lugar de conhecimento. Por esta altura, as instalações estavam na Rua Raimundo de Macedo, mas era necessário crescer.
Por outro lado, foi dado um passo que marcaria todo o futuro da instituição: Alberto Correia de Almeida, administrador da Fundação, iniciou a coleção de papel fiduciário que viria a dar origem ao Museu do Papel Moeda e, anos mais tarde, à programação educativa que este espaço museológico motiva.
Apesar de conturbados, estes anos e os seguintes, tornaram-se o início de um caminho de superação e renovação para a Fundação, inspirado pelo fundador António Cupertino de Miranda, que faleceu aos 88 anos, em novembro. Sucedeu-lhe Maria Amélia Cupertino de Miranda, sobrinha-neta que até hoje lidera como Presidente vitalícia do Conselho de Administração.
No pós-25 de abril, com as alterações políticas, económicas e sociais que o país sofria, o património da Fundação, constituído quase exclusivamente por ações do Banco Português do Atlântico, ficou extremamente reduzido, devido à nacionalização da Banca, a 11 de março de 1975 e viu-se obrigada a encerrar, por falta de fundos. Ficou a sua missão suspensa.
Nos primeiros anos da década de 70, a Fundação dedicava-se à concessão de prémios escolares e de bolsas de estudo a estudantes de Santo Tirso e à promoção de conferências e de atividades variadas destinadas aos jovens.
Na área cultural, destacou-se a edição do jornal O Arauto, um semanário regionalista e de cultura publicado pela Fundação entre 1 de dezembro de 1970 e abril de 1974, cujo diretor foi Alberto Correia de Almeida. Nesta altura, a Fundação instalada nos Paços do Concelho em Santo Tirso, percebeu que o seu espaço era reduzido para a atividade que se pretendia desenvolver e em 1972 passou a sua sede para a Rua de Costa Cabral, no Porto.
Foi instituída a Fundação António Cupertino de Miranda, por escritura pública, a 19 de fevereiro de 1964. Obteve o estatuto de utilidade pública, reconhecido pela primeira vez a 8 de abril do mesmo ano.
Ainda em 2023, a Fundação colaborou com a OCDE, trabalhando diretamente com a DG FISMA – Financial Stability, Financial Services and Capital Markets Union, contribuindo para o desenho de um novo Referencial de Educação Financeira para crianças e jovens da União Europeia.
Ao longo dos seus 60 anos de existência a Fundação António Cupertino de Miranda e o Museu do Papel Moeda foram formalmente distinguidos pela sua atividade:
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.
A Fundação António Cupertino de Miranda integra o grupo das 12 Fundações nacionais identificadas por especialistas como as com mais impacto social a nível nacional, no âmbito do estudo O Impacto Social das Fundações Portuguesas promovido pelo Centro Português de Fundações. O No Poupar Está o Ganho é um dos 5 estudos de caso de impacto social.