Da Banca à docência, entre Portugal e o Brasil, António Cupertino de Miranda deixou um legado de conhecimento que ainda hoje permanece na Fundação a que deu nome, visão e propósito.
Segundo de quatro filhos de uma família de proprietários agrícolas, António Cupertino de Miranda nasceu a 21 de janeiro de 1886, em Vila Nova de Famalicão.
Em 1915, ainda antes de complementar 30 anos, partiu para o Brasil, por motivos políticos. Acabaria por ficar mais de três décadas, passando pela docência, pelo jornalismo e, a partir de 1918, pelas atividades de representação e procuradoria.
Assumiu o papel de delegado da Casa Bancária Cupertino de Miranda & Cª, fundada no Porto pelos irmãos Arthur e Augusto Cupertino de Miranda. Desempenhou a função de Secretário-geral do Banco Aliança no Brasil.
António Cupertino de Miranda teve um papel decisivo no tecer da rede de negócios que abrangeu os dois lados do Atlântico, tendo contribuído significativamente para o processo de acumulação de capitais que estiveram na base do Banco Português do Atlântico.
Regressa a Portugal a 7 de agosto de 1948, com 62 anos. Sem descendentes diretos, leva uma vida quase ascética e aproveita este momento para um balanço da sua vida. Nasce, então, a ideia de criar aquela que viria a ser a Fundação António Cupertino de Miranda.
Instituída em 1964, a Fundação não reflete apenas o vínculo do seu fundador ao mundo financeiro. Na ligação é muito mais profunda. A instituição transparece a elevada consciência social de António Cupertino de Miranda, bem como a sua apetência cultural e, acima de tudo, o seu sonho: contribuir para a elevação da formação cultural das pessoas, proporcionando à sociedade a fruição de iniciativas que promovem a abertura de espírito a todas as manifestações da educação, da cultura e do progresso.